sexta-feira, 23 de dezembro de 2005

Já mudei

Há quanto tempo, hein. Pelo menos dessa vez eu tenho muitas novidades. Nao fiquei tanto tempo desconectada por nada.
Primeiro: me mudei! Trouxe as coisas pro ape no dia 3 de dezembro, mas me mudei definitivamente no dia 5. Para trazer as coisas, uma viagem de mini-van (tipo Towner) foi suficiente, o que eu achei um milagre, porque eu fiquei realmente impressionada com a quantidade de coisas que eu consegui juntar. Ainda bem que daqui eu só saio para voltar pro Brasil, o que significa que não terei que mudar o sofa, a escrivaninha, panelas etc. Ah, não, não, todos esses móveis eu comprei depois da mudança. Maagina que isso tudo ia caber numa Towner! É que no dormitório havia todos os móveis necessários, eu não tive que comprar nada enquanto morei lá. Para compensar o fato de a mudança grande ter levado uma viagem só, no dia 5, quando eu tinha que sair do dormitório, eu percebi quantas coisas eu tinha deixado no quarto... Sabe como é, uma coisa aqui, outra ali, e quando você vê, encheu uma mala, 3 sacolas... Eu tive que fazer 2 viagens para levar tudo. É mole?
Bom, de casa nova, móveis novos, mas ainda tá tudo uma bagunça. Eu não tive muito tempo para arrumar, é verdade, mas é verdade também que dá a maior preguiça nesse frio! E eu não sei nem por onde começar a me desfazer dessas caixas de papelão enormes... Mas o Oscar chega amanhã e eu vou colocá-lo para me ajudar na arrumação.
Amanhã é véspera de Natal e, adivinhem, eu vou ter que cozinhar! Aqui não tem peru, não tem pernil, não se vende frango inteiro, o panettone que meus pais me mandaram ainda não chegou, eu não comprei nenhum ingrediente... será que é melhor pedir pizza?! Hahaahah, até parece... se bem que eu passei a véspera de Natal do ano passado com curry de Bangladesh. É soda viver num país sem Natal nem reveillon, né?
Hoje eu fui à churrascaria brasileira para almoçar com os brasileiros. A carne tava boa, acho que comi a minha cota do mês, heheh. Foi bom falar umas besteiras em português, mas acho que alguns de nós já estão virando meio ajaponesados. Eu, inclusive. Oh, my gosh...
Ontem nevou pra caramba! Mas essa eu conto depois.
FELIZ NATAL!!
Beijos a todos.

quinta-feira, 3 de novembro de 2005

De mudanca

Jah encontrei um apto, e esta quase td certo pra minha mudanca. Mas ultimamente eu tenho estado muito ocupada pra pensar nos detalhes. Na verdade eu queria jah ter me mudado, mas aqui no Japao tb tem burocracia, e vcs podem imaginar o que eh burocracia em japones (talvez nao tao mal como japones em braile).
Mas, ao que interessa: o novo apto. Que nao eh nada novo, mas eh grande e barato. Mais barato que o quarto do alojamento em que eu moro, e tem 2 quartinhos, sala/cozinha, banheiro, banheira e chuveiro. Decimo andar, o ultimo.
Agora, os pontos fracos: eh longe da estacao de trem, bem no topo da montanha. Um trecho do caminho parece a subida da serra, mas tudo bem. Eu pretendo comprar uma scooter. Hahah... eu, que nao sei nem andar direito de bicicleta, e que sempre disse que achava motos muito perigosas. Vai ver que eh porque em Sao Paulo eh perigoso mesmo. Mas eu vou tentar, eh o unico jeito. Assim nao preciso depender de horarios de onibus e trens, e chego mais rapido. O problema serao os dias chuvosos... e frios...
Vou me mudar em dezembro, assim que acabar a maratona de seminarios e trabalhos, e a prova de proficiencia de japones. Pois eh, eu vou prestar a Fuvest da lingua japonesa, sem ter estudado o suficiente, na cara e na coragem. Se nao der, tem o ano que vem (e mais 60 dolares, ai...).
Qdo o apto estiver mobiliado, isto eh, sofa e TV, hahah, eu mando umas fotos.

Beijos a todos, mandem noticias.

sexta-feira, 12 de agosto de 2005

Ilka Mina




Um nome como o meu não é nada comum no Brasil. Mina, no meu caso, é um nome japonês. Mas também existe em muitos outros países, especialmente na Ásia. No Irã, é o nome de uma flor e, assim como "Rosa", também é usado como nome feminino. A origem de Ilka, no entanto, foi uma incógnita durante a maior parte da minha vida, já que a minha mãe havia escolhido meu nome não pelo significado, mas simplesmente porque ouviu falar de uma Ilka, amiga de uma parente, e gostou do nome.
Finalmente, quando estava no colegial, resolvi procurar meu nome em alguns dicionários e na internet. Achei duas (supostas) origens pro nome: a primeira é eslávica, e siginifica "batalhadora". A segunda é que Ilka é o apelido húngaro para Helen, que, por sua vez, tem origem grega e siginifica "luz".

Outras coisas que descobri, utilizando o velho e bom Google, foram que Ilka Chase foi uma atriz americana dos anos 50 que participou do original "Ocean's Eleven", que a maioria das Ilkas que têm um website são artistas, e que existem muitas Ilkas na Alemanha, que, por sinal, não é um país eslávico. E, como vcs podem ver na foto acima, que eu achei num site belga, Ilka também é ou costumava ser nome de lâmina de barbear. Agora, uma coisa que minha mãe descobriu, utilizando a ferramenta de busca do Orkut para me encontrar, foi que existe uma Mina Ilka, e ela é iraniana.

Aqui no Japão, todo mundo me chama de Mina, até alguns brasileiros. Mas na escola onde eu trabalho, que é uma escola americana, todo o staff é chamado pelo primeiro nome. Agora imaginem aqueles english-speakers tentando falar Ilka (algo como ill-ka)... HAHAH Todos, sem exceção, se enroscam, aí eu tenho que pedir para que me chamem de Mina, please. Já perdi a conta de quantas vezes eu tive que dizer "Mina é meu nome do meio, Ilka é meu primeiro nome, mas Mina é mais fácil de pronunciar" ou então "não tenho certeza, mas acho que Ilka vem de algum lugar do norte da Europa" (era leste, mas tudo bem). E mesmo com esse nome, a maioria nem imagina que eu não sou japonesa...

quinta-feira, 21 de julho de 2005

Liberdade

O professor disse: "escolha um dos assuntos abordados durante o semestre, faça um resumo e e dê sua opinião". E uma aluna sentada atrás de mim pergunta o que todos estavam querendo saber: "quantos caracteres, professor?" E o professor responde, com um sorriso malicioso: "quantos você quiser, aí também vai depender de quanto tempo livre você vai ter para escrever". Se, para alguns, ouvir essa resposta foi um alívio, tenho certeza de que para muitos -incluindo eu- só causou insegurança em relação a que critérios o professor irá utilizar para avaliar o trabalho. Esse tipo de liberdade eu dispenso.
Não sei lidar com ela, a liberdade. Semana que vem tenho 4 provas importantes que requerem muito estudo. Como não teria aulas nem provas essa semana, teria todo o tempo livre para estudar. Livre para estudar? Será que eu posso chamar de livre o tempo que eu devo usar para cumprir uma obrigação? Provavelmente não, porque o que eu acabei fazendo foram outras coisas que não estudar. Pensei muito no futuro, fiz (mais) planos, coloquei o carro na frente dos bois. E esqueci das provas, do futuro mais próximo. Adianta fazer mil planos se não se consegue nem passar nas provas da faculdade?
E veja o que eu estou fazendo agora: escrevendo no blog.
Essa ausência de controle externo faz muito mal a uma pessoa como eu, que não tem auto-controle. Se não tenho aulas de manhã, durmo tarde e acordo tarde. Se não tenho tarefas à tarde, almoço tarde. Se a prova não é amanhã... dá até vergonha de escrever com todas as letras o que todos já sabem.
Agora eu entendo porque meus pais (e quase todo mundo na família) quase nunca tiram férias de verdade, embora estejam sempre querendo uma folguinha. Seria liberdade demais! O que eu estou falando? Eu adoro férias! O que me assusta é ter mais tempo para ser perdido. Se você tem um dever a ser cumprido, uma meta a ser alcançada num curto espaço de tempo, a linha de chegada é visível. Mas se o caminho é muito longo, não dá pra ver o fim e você fica com aquela ilusão de que ainda falta muito para chegar. E chega quando você menos espera.

E chega!

sexta-feira, 8 de julho de 2005

quarta-feira, 29 de junho de 2005

Bush... sempre foi assim

Na tv japonesa há um programa de conhecimentos inúteis chamado Trivia. Eles averiguam fatos misteriosos, incríveis, inéditos, ou boatos enviados por telespectadores. Dessa vez, uma das "trivias" enviadas foi: "No álbum de formatura de George W. Bush há uma foto em que ele aparece dando um soco na cara do adversário numa partida de rugby".
A tv japonesa entrevistou um dos colegas de turma do Bush, que mostrou o álbum. Lá estava: Bush dando um mata-leão no adversário que estava com a bola e claramente enfiando um punho fechado no meio da cara do pobre coitado (quisera eu que esse aí fosse hoje da oposição). De quebra, a legenda descrevia a ação como "um movimento claramente ilegal". E o mais legal foi o depoimento desse colega de turma. Ele disse que essa sempre foi uma característica do Bush: conseguir o que ele queria, não importasse se ele estava quebrando as regras. Ao ser questionado se Bush era bom em rugby, ele disse que não. Bom nos estudos, também não. Afinal, no que ele era bom? Bom, ele se dedicava muito a um certo "clube social de homens", leia-se: balada e bebedeira... Hohoho

segunda-feira, 27 de junho de 2005

Nada alegre

Minha varandaaa....toda CAGADA!!! Malditas pombas! Pragas urbanas que se alojaram em cima do.. coiso do ar condicionado só para defecar! (Desculpe se vc ia almoçar agora, mas eu tb vou)
E agora? O que eu vou fazer pra não deixar que elas voltem de novo? Bom, na verdade essa é a parte mais fácil. O duro vai ser LIMPAR toda aquela miércoles... AAAAAAAHHHHH!!!

Eu só espero que o jogo contra a Argentina também não termine em miércoles...

Alegria, Alegria

Ô, alegria de ver o Brasil ganhar!! Tudo bem que justo contra o Japão foi aquele empatezinho (sorriso amarelo...), mas a vitória contra o Japão no vôlei feminino foi demais! Eu cheguei em casa bem na hora em que tava 14 a 12 pro Japão no tie-break. Deu mó vontade de gritar! Mas é meio chato gritar sozinha que nem uma louca...

Sábado à noite eu fui à casa de uma amiga (que estuda português e trabalha comigo na escola) e nós cozinhamos moqueca de peixe e manjar branco. Hum... gostinho de casa. Foram alguns brasileiros e alguns japoneses. Depois do jantar a amiga da mãe da minha amiga (!) apareceu por lá com seu shamisen (espécie de guitarra japonesa de três cordas) e deu um showzinho particular pra gente, além de um workshop!

Domingo teve a festa junina aqui em Kobe. Deu pra comer pastel, paçoca, pudim de leite, tomar guaraná, mas infelizmente o bolo de fubá acabou rápido. Dancei quadrilha (incrível como essa praga da quadrilha me persegue desde criança) e forró (finalmente alguém me ensinou uns passinhos!).

A segunda alegria não é brasileira e se escreve com A maiúsculo. Alegria é um dos touring shows
do Cirque Du Soleil, que está em Osaka até setembro. Sim! E eu vou no próximo domingo! Espero que eu consiga ver alguma coisa, porque com os reços que eles cobram, só deu pra comprar o mais barato, i.e. O PIOR lugar. Mas não importa, o importante é ver ao vivo. Não dava pra perder uma oportunidade dessas, já que eu não sei se jamais irei ao Canadá...

O verão de Kobe é como uma sauna a céu aberto.
Com ar condicionado é frio (e caro), mas sem AC não dá.
As provas estão chegando e, como sempre, eu tenho maus pressentimentos.
Mas depois das provas vêm as férias e eu vou aproveitar moooitooo.
Vou-me já que é 1 hora.

Muitos beijos a todos

quarta-feira, 15 de junho de 2005

Ônibus

Os ônibus japoneses funcionam, e muito bem. Em cada ponto de ônibus há uma tabela com o horário, e os ônibus geralmente são pontuais. Em Kobe, o preço da passagem é único, 200 ienes. Mas em muitos lugares, dependendo também da empresa que administra os ônibus, o preço varia de acordo com a distância. Para saber quanto você tem que pagar, é só olhar no painel digital dentro do ônibus o valor correspondente ao número do ponto em que você pegou o ônibus. O número está escrito num papelzinho que sai de uma máquina na porta de entrada cada vez que alguém entra no ônibus. Se você tiver um cartão magnético (como o telefônico), não precisa se preocupar com as moedinhas. Só é preciso inserir o cartão numa outra máquina que fica na porta de entrada, e inseri-lo novamente numa máquina na saída. Ah, e o saldo é impresso no verso do cartão cada vez que você usa. Com os trens também é assim.
Não há cobrador. E o motorista também não lida com dinheiro. Você tem que colocar o valor exato dentro da máquina, ou, dependendo da empresa, é possível receber troco, desde que seja menos que 100 ienes. Mas, e se você não tiver trocado?! Claro, claro, aí você coloca a moeda de 500 ienes ou a nota de 1000 ienes (não maior que isso) na máquina para trocar por moedas menores.

Yes, yes, yes!! Achei uma página com fotos ilustrando tudo isso que eu acabei de falar. Espero que vcs possam abrir, pq é em japonês. Aqui está: http://www.ne.jp/asahi/jim/a/busbus.htm
E, de quebra, eles mostram um novo sistema... Perae, em São Paulo já não é mais novo! O cartão eletrônico! Aquele que vc só encosta no sensor e pronto! Tem também a foto do botão que a gente aperta pra descer. Agora, uma coisa que eu nunca tinha visto: tem guarda-chuvas à venda dentro do ônibus!! E nem são baratos... 500 ienes!

Mas, o que não funciona, pelo menos aqui em Kobe, são os passageiros. Pois é. Não sei se eu já mencionei, mas os passageiros não têm muito bom senso. Eles não se apertam o suficiente para deixar que mais pessoas entrem no ônibus. Apesar de haver sempre muitos idosos, poucos são os jovens que cedem seu lugar se eles não estiverem sentados em assentos preferenciais, como se pensassem "ah, que pena que nao ha assentos preferenciais suficientes...". Mesmo com o ônibus cheio, sabendo que vai levar mais tempo pra chegar até a porta da frente (saída), tem gente que fica sentado até o último minuto, e depois fica gritando pro motorista esperar, e todo mundo tem que esperar. Mais o que me deixa mais nervosa é que eles não pedem licença, não dizem absolutamente nada quando estão sentados na janela e querem sair. Eles arrumam suas trouxinhas, ficam naquela posição de quem vai sair, e finalmente olham pra sua cara se vc ainda não pegou a mensagem. Acho que qulaquer dia eu vou fingir que não tô nem aí só pra ver até quando eles esperam... hohoho, como eu sou cruel! Nada! Somente uma pesquisa no campo da psicologia social (é essa a palavra?), heheheeh.

Beijos =)

quarta-feira, 25 de maio de 2005

Orkuteando

ORKUT. Parece que todo mundo (pelo menos os brasileiros que têm internet) está lá. Como EU entrei? Acho que foi a Érica que me convidou. Primeiro foi o pessoal da ECA, depois do Objetivo que foi aumentando a minha lista. Alguns primos, amigos de infancia... Toda vez que alguém que eu não via havia muito tempo me adicionava, era uma surpresa tão boa!
Muitas pessoas criticam. Durante um bom tempo rolaram até uns boatos de que o Orkut era uma ferramenta de espionagem americana para rastrear nossas informações pessoais (era assim?) e blablablá. Também me lembro de uma história (essa acho que foi um caso real) de que haviam sequestrado uma garota que morava no Alphaville com a ajuda das informações encontradas no Orkut.
Com certeza, todo mundo deveria tomar o máximo de cuidado com o que faz usando a internet e isso não quer dzer somente o Orkut. Mas eu só comecei a falar de Orkut pra contar algo que aconteceu comigo e, consequentemente, com "N pessoas" conectadas a mim através de N' outras pessoas.

Estava escrevendo no scrapbook de uma amiga e vi um recado deixado por uma pessoa que eu conhecia, que havia estudado no mesmo colégio que eu e essa minha amiga. O recado era sobre a missa de falecimento de uma certa pessoa, indicada só pelo primeiro nome. Como naquele colégio havia algumas pessoas com esse mesmo nome, eu imaginei que pudesse ser uma delas. Sem pensar muito, resolvi visitar a página de uma das delas, embora não pudesse imaginar como isso me ajudaria a descobrir. A verdade é que eu descobri. Descobri que justamente essa pessoa, um rapaz que havia estudado comigo também, era quem havia morrido. Como eu descobri?
No scrapbook dele havia dezenas de recados expressando o quanto essas pessoas sentiam saudades dele e como ele fazia falta. Poderia não significar nada, afinal, todo mundo escreve mensagens de saudades pros amigos... Mas a primeira mensagem, ali, no topo da página, vinha dele mesmo. E estava assinada pela mãe.

Não há moral nessa história, se alguém está esperando por uma. É só algo que eu jamais pensei que fosse acontecer comigo através do Orkut...

segunda-feira, 23 de maio de 2005

domingo, 15 de maio de 2005

Disney Coreana

Em Seul há um parque temático chamado Lotte World. Lotte é o nome de uma grande companhia coreana que possui, entre outros, uma rede de fast food e razoável fatia do mercado de chocolates japonês. A princípio, eu pensei mesmo que a marca fosse japonesa.
Na foto está a parte coberta do parque. Eu tirei essa foto de dentro de um "balão" que corre por um trlho no teto, dando a volta no parque.
 Posted by Hello

Velha antes do tempo

Essa montanha-russa foi a responsável por me fazer perceber que eu já nao tenho mais coração pra aguentar esse tipo de brincadeira... Claro que não foi só um looping. Quando o carro parou, eu já nem sabia mais em que posição eu me encontrava...
Na parte externa do parque, além do "castelo da Cinderella", havia um monte de brinquedos, incluindo um Turbo Drop melhorado: os assentos estavam dispostos em um anel, que subia girando...
 Posted by Hello

Parade

Como boa imitação da Disney, tinha que ter um desfile. Essa é uma dança típica coreana, em que os dançarinos têm uma fita no chapéu, que eles ficam girando. As luzinhas na roupa definitivamente não fazem parte da tradição...
 Posted by Hello

Aquário coreano

Eu adoro aquários! Disso vocês já devem estar cansados de saber. Por isso, eu visitei um aquário em Seul também. Na verdade não foi idéia minha, mas tudo bem. A coisa mais interessante que eu vi foi esse bichinho aí: leaf seadragon. Parece planta, mas nao é. E a cabeça dele (lado direito) se parece com a do cavalo-marinho. Posted by Hello
Esse e um parque em Jeonju, sul da Coreia. Esse tipo de construcao tradicional se parece muito com a arquitetura japonesa.  Posted by Hello

sábado, 16 de abril de 2005

Obrigada e desculpas

OI!! Primeiro, queria agradecer mais uma vez pelas msgs de aniversario, muito obrigada!!

Estou sempre me desculpando por ter ficado muito tempo sem ter escrito e dando desculpas pra me livrar de escrever pelas proximas semanas (meses?). Mas, eh isso aih. Agora eu tenho uma desculpa muito justa. Nao tem desculpa pra nao me desculpar. (?!) Eh a faculdade... dessa vez a coisa tah pegando pro meu lado de verdade. Cada professor pensa que os alunos soh assistem a sua aula...incrivel como eles parecem se esquecer dos proprios tempos de faculdade. Enfim, fora isso tem o fator livros x dinheiro x qualidade x tempo de vida inutil... Oops, esquece, que eu baguncei tudo. Eu tava falando da desculpa pra me ausentar por ainda mais tempo desse templo de baboseiras, e acabei me empolgando nas reclamacoes a respeito da universidade japonesa.

Bom, jah que eu toquei num assunto que me interessa (reclamar), deixem-me concluir o que eu tinha comecado pra entrar no proximo capitulo. Ler em japones nao eh nada facil e muito menos prazeroso. Infelizmente, jah tenho 7 livros pra ler de cabo a rabo, e algumas teses pra analisar (pra que?). Enfim, eu tou reclamando mas eu vou fazer... alguma hora a gente tem que comecar, neh... Picaretar em japones nao deu certo comigo o ano passado :P Over over.

Capitulo II - Jah houve movimento estudantil no Japao na era... Edo. Brincadeirinha!! Foi antes da Bubble Economy, na epoca da Guerra do Vietna. Se continuou ateh os anos 80, isso eu nao sei, mas com certeza a partir dessa decada os estudantes japoneses asumiram a figura que eles tem hoje - passivos ou nao, nao falam de igual pra igual com um superior, e nao tem praticamente nenhum poder de decisao.
Eu estava sentindo que meu curriculo era um tanto vago, mas eu finalmente (hurrah!) dei uma olhadinha na grade da Pedagogia da USP e tem varias disciplinas que batem, o que me deixou um pouco mais tranquila.
Eu e outros brasileiros estavamos conversando sobre casos de bolsistas que nao deram certo, e eu tive que concordar com um amigo - que fez a graduacao e o mestrado aqui em Kobe - quando ele disse que a graduacao no Brasil eh melhor que no Japao. (Mae, sem piti, tah?) Mas, nao, nao, eu nao me arrependo. Tudo vale a pena se a alma nao eh pequena, tem sempre uma luz no fim do tunel, bola pra frente que atras vem gente.

Putz, mas eu tenho que reclamar... Matricula aqui eh a maior burocracia, tem aula que vc soh pega por sorteio, vixi... vou dormir.
Boa noite, ate quem sabe quando... Uaaahhh

segunda-feira, 21 de março de 2005

Partindo novamente

Olá pessoas! Faz 2 meses que não escrevo e vou ficar mais um tempo sem escrever. Hoje à noite vou para Sendai novamente. É que meu aniversário está chegando e, como aqui no Japão, 2 de abril é uma data que fica exatamente no limite entre férias e início de aulas, fica difícil encontrar as pessoas, ou fica difícil pras pessoas se lembrarem do meu aniversário. Então eu resolvi passá-lo com o Oscar em Sendai.
O Oscar estava aqui até uma semana atrás. Nós fomos à Coréia e passamos uma semana lá. A Coréia, para mim, se parece muito com o Japão, aliás, se parece demais com o Japão. Tanto que não deu para sentir muito que nós estávamos fazendo "turismo internacional". Mas, claro, como a Coréia NÃO É o Japão, dá para ter umas experiências interessantes. Uma das coisas que mais diferencia a Coréia do Japão, eu diria, é a semelhança com o Brasil. Sim! Camelôs, muitos camelôs. Aliás, acho que é muito mais "liberado" que no Brasil, porque eles ocupam tudo, inclusive as escadarias do metrô. Mas pelo menos em certos pontos da cidade, especialmente perto dos hotéis onde se concentram os turistas japoneses, parece que a atividade é regularizada e mais organizada, e movimenta bastante o comércio local. Seria como as "feirinhas" no Brasil. Ah, vocês acreditam que tinha uma barraca de pastel brasileiro na feirinha? Estava escrito "Bastello" (creio que, em coreano, isso deve virar PASTEL).
Um dia nós fomos a um centro comercial especializado em roupas, calçados etc. Eu me senti na José Paulino! Muitos camelôs, muita gente, e a rua principal estava em obras (a estação da Luz continua em obras?). Agora faz todo sentido a concentração de coreanos no comércio de roupas na José Paulino... A diferença com a Josepa é que as lojas ficavam dentro de prédios enormes, como os shopping centers, só que com muito mais lojas pequenas e sem provador. Os preços... me desapontaram. Em geral são muito próximos dos preços no Japão, o que não nos permitiu fazer muitas compras.
Dentro do metrô todo mundo usa o celular, diferente do Japão, onde falar ao celular dentro de trens e ônibus "não é recomendado" (ou qualquer outro eufemismo para proibido, porque não existe nenhuma punição para quem o faz). E diferente do Brasil, onde o celular simplesmente não tem sinal no subsolo.
Eu tive a oportunidade de ver umas coisas bizarras na Coréia, mas isso eu conto depois.

Beijos!

sábado, 22 de janeiro de 2005

Adeus ano velho

Passei o Natal e o ano novo em Sendai. Voltei há 2 semanas, e logo as aulas começaram. Agora estou estudando (mentira) pras provas finais, e no meio de fevereiro começam as férias. Sendai estava extremamente frio, mas o Natal foi sem neve. Só começou a nevar depois que voltamos do ski tour. 2 dias, mas eu só esquiei (=frustrada tentativa) no primeiro dia, porque depois de esquiar, sim, depois, eu escorreguei com tudo numa rampinha sem vergonha na entrada da estação de esqui. Só eu mesmo, pra me ferir fora de combate. Nada grave, mas não deu pra batalhar no 2o dia... Virada do ano: -4 graus. Guerra de neve no meio da rua a caminho da danceteria. Dancei até as 5h e depois nós tivemos que esperar o ônibus até as 9h! Algumas amigas romenas também tinham vindo de Tokyo, então foi um pouco como nos velhos tempos.
Dia 17 de janeiro foi o aniversário de 10 anos do grande terrremoto de Kobe. Nesse dia eu tive aula de japonês, mas no meio da aula nós fomos até o outro campus, onde haveria uma cerimônia em memória dos alunos que morreram. Durante o dia todo, era só o que se falava na TV. É muito triste ver as imagens da época... Além da destruição, as pessoas que perderam amigos e parentes, suas casas, seu trabalho... O pior é que ninguém imaginava que um grande terremoto pudesse ocorrer em Kobe. Mas aconteceu e hoje em dia eles falam da "lição trazida pelo terremoto".
Os estudantes indonésios aqui de Kobe estão arrecadando dinheiro para as vítimas do tsunami. Uns amigos latinos que têm uma banda também fizeram um show beneficente. Na TV japonesa eles dão muita cobertura à Indonésia, claro, e à Tailândia, mas eu vejo poucas notícias sobre a Índia e o Sri Lanka, que tiveram muito mais mortos que a Tailândia. Sinceramente, não sei por quê.
O ano acabou de começar, mas o ano letivo já está terminando. Eu termino meu primeiro ano, e muitos dos meus amigos no Brasil entram no último ano. Vai fazer 2 anos que eu estou aqui, e acho que eu perdi contato com gente demais... Eu, que tanto abri a boca pra falar dessa sociedade alienada, mordi a língua, me isolei nessa ilha... Definitivamente, não era esse eu que eu imaginava pra mim. Não posso continuar assim. Eu quero me sentir indignada e falar "que merda!", quero ter vontade de fazer alguma coisa ao invés de só reclamar, quero ter idéias pra escrever e coisas interesantes pra falar, pra contar pros meus amigos. Se eu ainda tiver os meus amigos.