terça-feira, 4 de novembro de 2003

Meu feriado não foi nada proveitoso. Eu fiquei morgando, dormindo, tentando estudar, mas não estudei direito. Claro que ouvir a rádio tomou a maior parte do meu tempo. Eu gravei umas músicas, mas as rádios japonesas não nos deixam ouvir as músicas inteiras. Os locutores falam nos 15 segundos iniciais e nos nos 30 finais de cada música! Toca-se muita música brasileira, sabiam? Tem uma rádio, a Cocolo, que tem programas falados em línguas estrangeiras, incluindo um em Português. Sabem o que tocou ontem? As Meninas, aquelas do "bom, xibom, xibombombom..." Ai, ai. Nossa, eu levei um susto qdo, em outra estação, começou a tocar aquela lambada muito velha (bom, que lambada que não é velha?) "chorando se foi quem um dia só me fez chorar...", mas quando começou a letra mesmo, era em japonês!!
AAHH!

Dias 13, 14 e 15 a seleção feminina de vôlei do Brasil jogará em Osaka. Eu gostaria muito de ir, mas o ingresso mais barato custa 3 mil ienes, e eu nem tô conseguindo encontrar informações de como comprar, até quando etc.

Tá tudo tranquilo por aqui... Os estudantes de J-course estão em excursão hoje e amanhã. Achei estranho encontrar alguns deles por aqui... A viagem custa 4 mil ienes, incluindo hospedagem num ryokan (hotel em estilo japonês), jantar e café da manhã, além dos passeios e transporte. Parece que é um valor meio simbólico, porque uma viagem dessas custaria uns 15 mil ienes, e quem banca mesmo é a Universidade. Como eles podem ter ficado por aqui? O que há pra se fazer por aqui enquanto todo mundo mundo está se divertindo? Eles são estranhos mesmo.

Segunda-feira, à noite, eu assisti a um programa chamado IQ - Test the nation. Sim, era um teste de QI, a la Show do Milhão. A platéia, previamente selecionada, estava dividida em grupos: médicos, estudantes da Universidade de Tokyo (Todai), trabalhadores de construção, professores, lutadores e mulheres com um front avantajado, além de uma meia dúzia de famosos. Na média, quem ganhou foram os estudantes, seguidos pelos médicos e professores. O mais alto QI da platéia foi 144, empate entre um estudante e um médico. Eles fizeram uma espécie de censo, computando os resultados obtidos em várias regiões do país, mas foi bem equilibrado, variando entre 104 e 107 pontos. Para não dizer que eu sou parcial, confesso que, por esse programa, o QI masculino ficou acima do QI feminino. Quer saber? Eu não tenho nada a ver com isso...

Tá, eu também tentei responder às perguntas. Mas era tudo em japonês!! Na parte da linguagem, por exemplo, eu consegui entender 2 das 10 questões e acertei 1. Bom, no total eu fiz 84 pontos... Ontem mesmo, só para não deixar as dúvidas crescerem na minha cabeça, eu fiz 2 testes na internet, em Português, claro. Me saí muito bem, acho. Quantos pontos? Me perguntem e eu responderei.